O Presidente do Conselho Municipal de Maputo, Éneas Comiche, procede na próxima sexta-feira, 15 de Setembro corrente, às 10 horas, no Viaduto que interliga as Avenidas Marginal e 25 de Setembro, a inauguração dos murais em homenagem aos icónicos músicos moçambicanos, nomeadamente: Fany Pfumo, Madala e Zena Bacar.
A presente acção está inserida nas celebrações dos dez anos do Festival AZGO e é fruto de uma parceria entre a Khuzula, empresa organizadora do AZGO, Conselho Municipal de Maputo e o Instituto de Investigação Sócio Cultural (ARPAC).
A homenagem, por via de uma pintura às figuras de Fany Pfumo, Madala e Zena Bacar reforça a necessidade de uma maior preservação do legado de artistas nacionais que ajudaram a construir o sentido da moçambicanidade através da música. Neste reconhecimento, a Khuzula e o Conselho Municipal de Maputo, fixam na memória colectiva o percurso e as canções que abriram caminhos para a afirmação da arte nacional no território, na região e no mundo.
Os murais serão igualmente um ponto de actração turística da cidade de Maputo para os visitantes nacionais e estrangeiros, e deste modo, gerar pontos que originam memórias e conhecimento profundo sobre o património histórico de Moçambique. Outrossim, elevar a nobreza de Maputo como uma cidade criativa.
Os murais dedicados aos timoneiros da música nacional são da autoria do artista visual Hugo Mendes, também conhecido por Psiconautah, e combinam a Ilustração em tinta-da-china alicerçada pela técnica de xilogravura.
Sobre a Homenagem
A khuzula em parceria com o conselho municipal da Cidade de Maputo realiza, no dia 15 de Setembro de 2023, uma homenagem de reconhecimento, de celebração e de vénia aos três músicos que foram prenunciadores de uma musicalidade vernácula no cenário da música moçambicana. É uma homenagem às urbanidades musicais de Maputo (Fany Pfumo), Sofala (Madala) e Nampula (Zena Bacar). Uma consagração as entidades musicais que cumpriram e continuam a completar o lado colorido da musicalidade moçambicana.
Com este mural o público passa a compreender melhor sobre os três ícones da música moçambicana – Fany Pfumo, Madala e Zena Bacar – e o legado por el es traçado. De igual modo, inspira os artistas contemporâneos para a perpetuação e inovação da nossa música. Este traçado, que passa a ser parte do turismo da nossa cidade, é resultante de uma residência criativa feita pelo artista plástico Psiconautah. O desenho é traçado com base numa técnico em tinta-da-china com alinhados de xilogravura.
Queremos com esta acção urbana e artístico-musical abrir um caminho para homenagear músicos e outros cultores da nossa moçambicanidade. Queremos, com cores e sentido de turismo urbano, conferir a importância da cultura moçambicana no progresso do país. Com urbanismo, cores e música tencionamos celebrar e patentear o melhor da nossa música com intuito de conferir Maputo como cidade criativa e do turismo urbano.
Sobre os Homenageados
Fany Mpfumo – foi um dos músicos que contribuiu em grande medida no desenvolvimento e estilização do género marrabenta em Moçambique e um dos primeiros a internacionalizá-la, particularmente, em Joanesburgo, após a gravação com HMV com canções como Loko ni kumbuka Jorgina, isso, entre as décadas 1950 e 1960.
Zena Bacar – originária do norte de Moçambique, é lembrada como uma das melhores cantoras de música folclórica do país. Sua voz poderosa e sua habilidade em contar histórias através de sua música a tornou uma das artistas mais respeitadas de sua época.
Madala – do centro do país, é um dos ícones da música tradicional moçambicana. Madala incorporou instrumentos como a marimba em sua música e é conhecido por seu estilo de canto único e emocional. Nascido em Fevereiro de 1963. Destacou-se pela primeira vez no panorama da música nacional com o tema Xiripho, que venceu a edição de 1987 do Ngoma Moçambique, por sinal, uma das primeiras.
Por: Gil Gune