O espaço de restauração e eventos da XHUB- Incubadora de negócios Culturais e Criativos acolheu, no dia 20 de Outubro de 2022, o concerto musical do Vintani Nafassi e sua banda.

 

O reportório levado ao palco da XHUB pelo Vintani Nafassi foi composto por pouco mais de 10 músicas que narram diversas histórias desde o repúdio a xenofobia na vizinha Africa do sul, o convite as raízes da cultura africana e enredos interligados com os idiomas predominantemente do norte de moçambique, da africa do sul e Gana.

 

No concerto Vintani foi acompanhado por 3 instrumentistas renomados na praça moçambicana, como é o caso de Domingos Algema – nos Coros e viola baixo, Aníbal Celestino – Guitarra solo e Amade Cossa na Precursão.

 

Em termos rítmicos o concerto mostrou-se ser bastante rico, de tal forma, que a cada música que Vintani e sua banda tocavam convidavam directamente os espectadores presentes na XHUB a uma viagem genérica musical e com uma base assenta no Nhambaru, género musical Predominantemente do norte do rio Zambeze, num convite feito recorrentes vezes pelo Domingos Algemas que tocava a viola Baixa.

 

A harmonia musical e dos instrumentos desde os considerados clássicos e típicos de Africa, como é o caso da Mbira, Corá, Guitarra, a percussão e o Casion produziam um casamento bastante atrativo que sugeria uma nostalgia ritmica.

 

O concerto foi inserido no leque das apresentações designadas X-LIVE que tem o objectivo de promover músicas ao vivo que fazem parte dos objetivos da X-HUB de hospedar e nutrir músicos de todos os níveis e os incentivar a criar conteúdo e apresentações originais que realmente reflitam sua identidade e raízes.

 

 

Para fechar em grande o concerto Vintani Nafassi recorreu a batuques e com uma sonoridade típica da zona norte de moçambique que espelhavam a tradição dos maconde, neste caso, a dança Mapiko. A Dança Mapiko segundo a história surgiu com o nome lipiko que era um lihoka (defunto) que surgia da terra quando era invocado pelas vozes humanas e pelos tambores. Quando aparecia na aldeia, provocava medo em mulheres e crianças porque não percebiam que o lipiko era um elemento da comunidade, dado que este estava coberto com máscara panos e dançava longe do centro da aldeia.

 

Por: Gil Gune

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