A segunda edição do ‘Keep Walking: Africa Top 30 List’, ou melhor, a segunda lista dos 30 melhores artistas africanos está à porta. Nesta lista, divulgada esta quarta-feira (1), constam os moçambicanos Dj Tarico e Hélio Beatz. Trata-se de uma lista que inclui um grupo de criativos e visionários africanos da nova geração, que estão a impulsionar corajosamente a cultura na música, cinema, meios de comunicação, moda e arte.
DJ Tarico é um inovador e poderoso produtor discográfico, DJ, compositor e engenheiro de som moçambicano. No espaço de dois anos, DJ Tarico passou de um artista desconhecido para um dos DJ’s e produtores de amapiano mais cobiçados de África. A sua seriedade e talento levaram-no a colaborar em 2022 com a super-estrela africana Burna Boy na remistura do grande êxito “Yaba Buluku”.
Músico, Dj e produtor moçambicano, Hélio Beatz, por sua vez, é conhecido por mudar radicalmente a cultura ao experimentar o pandza, um estilo musical iniciado há uma década que combina elementos da música tradicional moçambicana com sons urbanos contemporâneos. Mais recentemente, o seu álbum de colaborações com artistas de vários géneros, desde o hip-hop à kizomba, passando pelo adorado estilo pandza, atingiu o primeiro lugar na Apple Music ao nível nacional em menos de uma semana após o seu lançamento.
Com a cultura africana a ter a sua voz ouvida em todo o mundo, a lista Keep Walking: Africa Top 30 inclui nomes que estão a ter impacto na cultura global, como a estrela sul-africana de amapiano, Young Stunna, o actor nigeriano e estrela de “Gangs Of Lagos”, Tobi Bakre, o fotógrafo Oronce Hounkponou, nascido no Benim e residente em Abidjan, o escritor de ficção nigeriano Eloghosa Osunde e o rapper camaronês Tenor. Pela primeira vez, foi também escolhido um beneficiário do Sudão do Sul – o cineasta Akuol de Mabior, realizador do documentário de 2022, “No Simple Way Home”.
“Estamos entusiasmados por podermos novamente celebrar e reconhecer os transformadores culturais de África juntamente com Johnnie Walker. Todos eles são inspiradores e a prova da forma extraordinária como a cultura do continente está a evoluir, gerando atenção internacional e sendo uma força a ter em conta”, afirma Valentine Gaudin-Muteba, Director geral da Trace Southern & Lusophone Africa.
A extensa lista inclui artistas e criativos de todo o continente que deram um impulso para moldar e fazer avançar a cultura africana – de Angola, Benim, Costa do Marfim, Camarões, RDC, Etiópia, Gana, Quénia, Nigéria, África do Sul, Tanzânia e Zâmbia, para além de Moçambique.
Eis os 30 melhores de África: na música, arte, cinema, media e moda
Na lista dos 30 melhores de África de 2023 da ‘Keep Walking’: Os 30 melhores de África de 2023 são:
Música – DJ Tarico (Moçambique); Young Stunna (África do Sul); Rosa Ree (Tanzânia); Bravo Le Roux (África do Sul); Helio Beats (Moçambique); Oprah (Costa do Marfim); Tenor (Camarões); Majoos (RDC); Céline Banza (RDC).
Arte – Esther Sweeney (Quénia); Haneefah Adam (Nigéria); Kim Praise (Angola); Oronce Hounkponou (Benim); Resem Verkron (Angola).
Cinema – Ange-Eric N’Guessan (Costa do Marfim); Tobi Bakre (Nigéria); Dylan Habil (Quénia); Sophia Chapeshamo; Nimo Loveline (Camarões); Akuol de Mabior (Sudão do Sul).
Media – Clarisse Ndinge (Camarões); Eloghosa Osunde (Nigéria); Kalenga ‘K-Plus’ Chambatu & Elson Chigerwe (Zâmbia); Luna Solomon (Etiópia); Half & Halve (África do Sul) e Kevine Obin (Costa do Marfim).
Moda – Aristide Loua (Costa do Marfim); Kunjina Tesfaye (Etiópia); David Kusi Boye-Doe (Gana); Fikile Sokhulu (África do Sul).
Economia criativa em ascensão em África
‘Keep Walking: Africa Top 30’ surge numa altura em que as tendências para a economia criativa de África são extremamente positivas. Os relatórios da UNESCO indicam que a indústria cinematográfica africana, ainda em grande parte inexplorada, poderá quadruplicar as receitas para 20 mil milhões de dólares e criar mais 20 milhões de postos de trabalho, enquanto se espera que as receitas do streaming de música digital em África atinjam 500 milhões de dólares até 2025.